língua que fala trinca, troca, treta rápida entre os dentes toca o céu da boca, dedo, cedo, medo com a garganta solta tom baixo sussurro no ouvido não incomoda o vizinho
língua que beija junto com os lábios no entorno da orelha dá arrepios no pescoço com os dentes sem doer a mordida arrepia tudo descendo a barriga
língua que lambe procura outra quando o desejo assume logo procura onde abaixo da cintura gosto de desejo sentir o cheiro ajuda chega-se ao gozo quando vai com jeito
a língua deste poeta não tem dona é de todo o planeta e faz uma zona quando chega escrita entra na cabeça tem mulher que pira mas é só um poema ser poeta é minha sina
ErickRijoJr